Pomba Gira Cigana Madalena

“Salve povo Cigano, em sua graça!”.

Esta é a mensagem de minha companheira “Maria Madalena”, que vem ao longo desses anos me trazendo as boas novas com toda a sua força, ajudando a cuidar de todos, de cada filho e filha e a cada porfia sem menosprezar nenhum carente que queira sua vasta sabedoria das magias e desfazendo feitiços e acima de tudo equilibrando o interior vasto na harmonia de cada ser, utilizando com seu encantamento harmonioso e belo em todas as suas manifestações.

Nos caminhos que se abrem, quebrando todo tipo de desencanto, salve amiga “Madalena”.

O caminho percorrido é longo em todas as nossas campanhas, ainda há de porvir mais pedregosos e difíceis, sei que podes desviá-las com destreza, quebrando os desencantos e seguir vislumbrando sua vasta ternura. Sua beleza é constante em sua trajetória perspicaz.

Sempre amparas aqueles que tem quedas, mas como de costume com suas mãos fadadas irradias vossas mensagens envoltas de muita luz.

Sempre serás caminhante de caminhada agradável e de infinito regate no fortalecimento dos valores que cabe a cada um que tem em teu afeto na unificação dos objetivos e ideais.

Lançar-lhe-á, mão de teus perfumes e amílcares, das pétalas floríferas Lírios e outras de cheiro suave, de pêndulos, do Ouro e da Prata e incenso também suave de que representa sua conduta.

De tuas cores prateadas com dourado brilhantes, faz teus encantos, que por muitos são de verdadeira admiração e contentamento.

Madalena foge ao tempo, duplica-se em materializações impossíveis em termos humanos, e passa ao espaço do simbólico, paradoxalmente sem se cristalizar, nem perder a identidade que adquiriu.

Madalena subsistiu enquanto entidades autônomas, regressando sob a categoria da «bruxa-branca», depois de ter absorvido em si e congregado ao seu nome todas as variantes possíveis de comportamentos, gestos e emoções, tanto positivos quanto negativos. Todos estes elementos continuam e sempre a desaguar na noção de um amor superlativo, com os seus excessos antigos que agora se aceitam como mais naturais. Por tudo isto, Madalena se vai consolidando como parte ou base de um mito do amor, que a vida recuperou para acrescentar ao seu panteão.”

Por Cigana Eva em sua graça e conhecimento